Orgulho-me de ser mulher, empreendedora e protagonista da minha vida
Entender onde queremos chegar e o que realmente é relevante para a nossa vida.
*Por Jo Lima
Publicado em 9 março, 2021
Desde a minha infância, convivo com mulheres que superaram grandes desafios. A começar pela minha mãe que se separou do meu pai quando eu tinha três anos de idade, sem uma profissão, sem apoio familiar e com duas filhas para sustentar e sem ter ao menos onde morar. Aprendi com a Dona Iracema desde cedo que os meus sonhos só seriam realizados através de muito empenho, dedicação e com a ética bem alicerçada, porque o nosso contexto social era da mais completa escassez.
Passados os anos, vejo que tudo que eu já conquistei na minha vida, seja no âmbito pessoal, seja no âmbito profissional, foram oriundos da minha determinação em fazer acontecer, independente das circunstâncias, porque o mundo ideal não existe, mas acredito num mundo mais justo.
O Dia Internacional da Mulher, que celebramos em 08 de março, é invariavelmente sublinhado por tocantes e merecidas homenagens.
Observamos que as redes sociais ficam repletas de frases inspiradoras; no ambiente organizacional, as profissionais recebem um mimo da empresa onde trabalham.
Acontece que isso existe por um único dia. As mulheres recebem uma dose extra de afeto, carinho, atenção e reconhecimento. Passado o dia 8 de março, tudo volta à normalidade. Lamentavelmente, o que a grande maioria da nossa sociedade elege como normal é, muitas vezes, pouco respeitoso com as mulheres. Não precisa ser uma estudiosa do assunto para nos depararmos com números assustadores de feminicídios que aumentaram de forma exponencial durante a pandemia. Por mais improvável que possa parecer, o mesmo homem que manda flores no dia 08 de março é o que pode agredir a sua mulher.
Lamentavelmente, esses exemplos de desrespeito também acontecem no ambiente organizacional, com muito de assédio sexual e assédio moral. Esses crimes e constrangimentos escancaram a necessidade de avançarmos em ações para que homens e mulheres consigam constituir uma sociedade mais justa; tudo isso começa no respeito.
Ser mulher não é fácil, especialmente no nosso país onde o machismo é estrutural, o que por si só dificulta em muito a evolução da carreira profissional das mulheres. Também é preciso reconhecer que ainda há muita mulher machista, que tem dificuldade de admirar, apoiar e mobilizar outras mulheres a alcançarem suas metas de vida pessoal e profissional.
Posso afirmar que da minha vivência, atendendo empresas em todo o Brasil, que os cargos de alta gestão raramente são ocupados por mulheres.
Vivemos em um país de paradoxos, pois somos 51% da população, detemos mais anos de estudos que os homens e, mesmo assim, são eles na sua grande maioria que estão presidindo e liderando as corporações.
Vivemos em um mundo difícil, cheio de egos, no qual a gente pode entrar em uma competição contra nós mesmas, o que é muito perigoso. Penso que uma questão vital para de fato praticarmos a sororidade (que é o sentimento de solidariedade e empatia entre as mulheres) e nos alegrarmos com a conquista de cada mulher é sabermos respeitar as escolhas de cada uma de nós.
Respeito é, sem sombra de dúvidas, a palavra de ordem que precisamos vivenciar, praticar e fomentar conosco e com todas as pessoas do mundo. Respeito é o nosso mantra!
Entender onde queremos chegar e o que realmente é relevante para a nossa vida. Será que importa ser uma pessoa famosa, com notoriedade ou prêmios? Ou será que importa curtir o processo e viver a vida sem grandes cobranças?
São duas escolhas muito diferentes. Mesmo sendo as duas um exercício de comprometimento com nossas crenças, valores e visão de mundo.
Aqui, permito-me fazer uma sugestão caso você ainda não tenha certeza daquilo que quer para a sua vida.
Entenda muito bem onde você quer chegar, o que você quer fazer. Entender o custo disso, se você está disposta e se a recompensa é justa. Estas reflexões vão ajudá-la a, eventualmente, ajustar a sua rota e tudo certo porque a vida é uma jornada de superação.
Convido você a saber mais sobre competências dos profissionais do futuro, resiliência e liderança.
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