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Não se economize. O protagonismo de carreira cobra um preço que você tem que pagar

A gente precisa desvendar os sinais que o mercado está mandando para nós e nesse texto, quero contribuir com o meu entendimento sobre a questão do protagonismo nos tempos atuais.


Recentemente eu estive em reunião com um dono de uma empresa que eu atendo e em conversa com ele, ouvi a seguinte mensagem: eu estou cansado de ver na minha empresa a contratação de profissionais que nas entrevistas da seleção do emprego se apresentam como verdadeiros protagonistas e prometem que vão fazer e acontecer na empresa e em pouco tempo nós percebemos que as suas entregas não são congruentes com o seu discurso.

Ao ouvir esta mensagem, fiquei me questionando porque esse tipo de comentário é tão comum e corriqueiro nas empresas?  

A gente precisa desvendar os sinais que o mercado está mandando para nós e nesse texto, quero contribuir com o meu entendimento sobre a questão do protagonismo nos tempos atuais.

A primeira referência que me vem à mente é que boa parte dos profissionais não estão preparados para um cenário de autoaprendizagem e a autogestão do conhecimento, isso acontece em parte porque ao longo dos anos as empresas faziam um programa de desenvolvimento individual dos seus profissionais, especialmente quando tratamos de cargos de gestão e praticamente as capacitações aconteciam à medida que a empresa fazia investimentos no desenvolvimento contínuo das suas equipes, ou seja, o colaborador durante muito tempo esperava que a sua organização indicasse o caminho do conhecimento que ele deveria trilhar ou em outras vezes partia do pressuposto que sendo graduado ou tendo uma especialização, seria o suficiente para ele se manter empregável e relevante para o mercado de trabalho.

Mas o mundo mudou!

Este jogo já vem passando por mudanças e faz algum tempo, pois mesmo antes da pandemia, eu já notava que mesmo as empresas que investem maciçamente em capacitações para os seus times, esperam que o próprio profissional invista no seu autodesenvolvimento, que ele se comprometa com o seu desenvolvimento contínuo, porque a carreira é uma responsabilidade individual que ninguém pode assumir, a não ser a própria pessoa que quer crescer profissionalmente e é por isso que sempre falo nas minhas palestras e cursos: Não se economize, porque quem se economiza, aprende menos, ama menos e tem uma tendência a receber menores remunerações.

 

Para fortalecer o seu protagonismo e ajudar você no seu autodesenvolvimento, vou sugerir que você atente para algumas questões primordiais que fazem com que o seu potencial se mantenha em alta performance:

 

a)     Avalie o mercado e pesquise tendências para você se manter atualizado e também saber o que você precisa saber hoje e quais capacitações precisará fazer para se manter relevante no seu segmento de atuação.

 

b)     Invista em autoconhecimento e no desenvolvimento de competências socioemocionais, como a resiliência, a autoliderança, a comunicação, a escuta ativa e o trabalho colaborativo, porque já está claro que as mudanças organizacionais que estão acontecendo, exige de nós muito mais autonomia, pensamento crítico, capacidade emocional de aprender com o caos e a consciência que é em equipe que vamos conquistar a alta performance.

 

c)     Invista em cursos de curta duração, que possa te atualizar nesse momento de grande transição, de novos modos de ser e pensar.

 

d)     Reavalie as suas crenças, porque o mundo mudou e por mais competente que você possa ser, uma coisa é certa, será em equipe que você receberá os melhores desafios profissionais na sua carreira.

 

e)     Construa relacionamentos e conexões com profissionais de segmentos diferentes daquele que você atua, para que você possa ter acesso as melhores práticas de outras áreas de atuação e também possa receber insights de outros ambientes.

 

f)      Valorize a diversidade, de pensar, agir e entender o mundo.

 

g)     Trabalhe a favor da inclusão porque o mundo será cada vez mais justo se tivermos nos ambientes organizacionais representantes das mais diferentes vertentes.  

 

Independentemente de você estar buscando agora uma recolocação ou um novo emprego, saiba que é importante você entender que o mercado carece de profissionais congruentes, que entregam aquilo a que se propõem, que tem uma postura de liderança mesmo sem ter um cargo de gestão.

Se conheça mais e invista no seu principal ativo que é você mesmo. Lembrando que o seu autodesenvolvimento é tão importante quanto a graduação que você fez ou está em curso. Assim como na vida, aprendemos diariamente e os nossos aprendizados precisam se manter atuais, especialmente se você quiser está no Time dos Ninjas Protagonistas.

 

Bora melhorar o mundo!      

 

 

*Por Jo Lima

 

Publicado em 13 de julho de 2021

 

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 *Jo Lima é coach, palestrante e mentora em desenvolvimento humano e capacita profissionais para alta performance e gestão de equipes.
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