*Por Jo Lima
Publicado em 16 março, 2021 

É na hora do caos que nós mostramos para as pessoas nossa verdadeira essência, porque dentro das condições ideais todo mundo pode ser joinha. Sempre falo nos meus treinamentos que é na hora do caos que nós separamos os adultos, das crianças.

Estamos passando por uma pandemia que já transformou o nosso jeito de viver, conviver e interagir em sociedade e essa crise sanitária está impondo restrições nas mais diferentes dimensões da nossa vida, seja no âmbito pessoal, seja no contexto de trabalho.

Passados pouco mais de um ano de pandemia, que jamais imaginei que fosse durar tanto, sinto-me como se iniciássemos uma corrida de curta distância e no decorrer da prova, as regras foram alteradas e nos avisaram que estamos participando de uma maratona que ainda não tem previsão de término. Haja fôlego, resiliência e esperança!

Os impactos da pandemia no mercado de trabalho são agudos. Ela chegou como uma aceleradora de futuro, porque estamos saindo da era do emprego para a era do trabalho e isso modifica totalmente as relações de empregabilidade e trabalhabilidade e também estamos na quarta revolução industrial, que é digital, ou seja, há um mix de mudanças acontecendo ao mesmo tempo e isso agudiza o contexto caótico e traz muitas incertezas.

Nas relações interpessoais com os colegas de trabalho, é preciso salientar que, em todas as experiências que tenho trabalhado com palestras, cursos ou workshops, sempre percebo que os profissionais que nutrem boas relações de convivências com seus colegas, são pessoas que sentem o caos de forma mais atenuada, porque saber que têm com quem contar na hora do caos ameniza nosso desconforto e já é comprovado cientificamente que os profissionais que estabelecem relações de amizade no espaço de trabalho, são pessoas com o sistema imunológico mais saudável.

É muito importante e faz bem para a nossa saúde nutrir relações de amizade no espaço de trabalho; inclusive noto que equipes mais parceiras superam os desafios mais rapidamente e se apoiam em situações adversas de forma espontânea, porque elas praticam a compaixão e a cooperação. Lembrando que isolamento social não pressupõe distanciamento emocional, porque nós podemos estar junto de alguém que está a milhares de quilômetros de distância, basta uma ligação telefônica, e ou uma chamada de vídeo, para estarmos próximos. O que importa é praticar atos que estabeleçam vínculo, porque a gente não se basta e na minha avaliação, quando sofremos só, sofremos mais e até para sofrer é importante ter com quem dividirmos nossas inquietações. Cuidar e ser cuidado.

Fazer parte do Time da Operação Salvamento é sempre motivo de celebração e eu tenho na minha trajetória de vida, inúmeras experiências de caos onde fui ajudada até por pessoas que jamais imaginava que eu estava no radar delas e a generosidade se fez. Sim, há pessoas generosas em toda parte.

Celebre se você tem com quem contar na hora do caos e integra o Time dos Joinhas, daqueles que vêm à nossa mente em primeiro lugar quando precisamos de ajuda, apoio, escuta, orientação, ombro amigo e compaixão e se você ainda não integra nenhum destes dois Times, comece agindo com foco na solução, se você faz isso, com certeza, logo logo você vai fazer parte do Time dos Joinhas, mas aja sem pensar em reciprocidade, aja porque você quer o melhor para as pessoas, que estejam próximo a você ou mesmo aquelas que estão muito distantes.

Me orgulho de ser titular dos dois Times. E você?
Bora melhorar o mundo!

Convido você a saber mais sobre competências dos profissionais do futuro, resiliência e liderança.
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*Colunista e Comentarista no Programa Portal RDC.    

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